quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quatro anos entre tapas e polêmicas

A Câmara de São João da Barra chega ao fim dessa legislatura praticamente da mesma maneira que iniciou: com uma queda de braço entre oposição e situação. Durante os últimos quatro anos, brigas, discussões e até agressões físicas marcaram a vida política dos vereadores sanjoanenses e algumas vezes os embates viraram caso de polícia. Dos atuais vereadores, dois que já foram presidentes da Casa passarão a chefiar o Executivo do município a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Mas, mesmo em meio às crises, a Câmara avançou em pontos positivos, como a realização do primeiro concurso público e concessão de pontos de táxi.



A primeira polêmica aconteceu antes mesmo da posse, em janeiro de 2009. Eleito, houve um movimento de um grupo de vereadores para manter José Amaro Martins de Souza, o Neco, presidente da Câmara. Mas os vereadores Alexandre Rosa e Gersinho - à época no grupo da prefeita Carla Machado - pleiteavam o direito de também concorrerem à presidência. Os dois ingressaram na Justiça para que a lei que reconduziria Neco à presidência fosse derrubada, o que realmente aconteceu e Rosa foi eleito presidente para o primeiro biênio com o compromisso de Gersinho ser o próximo.

Esse primeiro episódio levou ao rompimento de Rosa e Gersinho com o grupo da prefeita. A oposição, que tinha três vereadores, passou a ter cinco - que passou a ser chamado de G-5. Em março de 2011, insatisfeito com o grupo, porém Alexandre Rosa rompeu com G-5,  e depois pulando no colo da prefeita. 

Em junho, durante uma sessão, o vereador foi agredido pelo oposicionista Zezinho Camarão e chegou a dar queixa na delegacia. No mês seguinte, Alexandre foi nomeado secretário de turismo. Dos quatro vereadores de oposição restantes, dois tiveram seus mandatos cassados e agora há apenas Gersinho e Camarão. Os governistas tentam, sem sucesso, destituir Gersinho.

Projetos importantes também como marca

O presidente da Câmara de São João da Barra, Gerson Crispim (Gersinho), faz um balanço positivo do trabalho do legislativo nos últimos anos. “Aprovamos matérias importantes, como o reajuste dos cartões Cidadão e Alimentação; o Estatuto e o Plano de Cargos para os servidores da Prefeitura e Câmara; a ampliação de vagas nos concursos da Saúde e da Educação. Ouvindo a comunidade, lutamos pela concessão de táxis e por melhorias no transporte público. Votamos emendas para a Pesca e a Agricultura – prejudicadas com a implantação do complexo portuário do Açu. Em 2010, a Câmara realizou o primeiro concurso público. Nos recessos parlamentares, criamos o projeto ‘Câmara Cultural’. Em 2011, trouxemos o primeiro curso de qualificação da Alerj para a nossa região. Iniciamos a informatização do acervo de documentos da Casa, com a meta de democratizar o acesso a esse material e preservar esses documentos. Entre os projetos de lei em apreciação estão: o que institui o hino oficial do município e a Lei Orçamentária Anual (LOA), estimada em R$ 411.690 milhões.

Trabalho aprovado levou ao Executivo

Alvo da primeira polêmica na Legislatura que termina em dezembro, o ex-presidente Alexandre Rosa foi eleito vice-prefeito na chapa que tinha na cabeça o também vereador Neco.

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