segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vou processar Carla Machado Diz: Júlia Maria Assis

Nem todos os momentos da nossa vida são bons. Às vezes passamos por situações desagradáveis e até constrangedoras. Mas neste momento, ainda atordoada, não consigo lembrar de ter sido tão humilhada como na noite deste domingo. Eu estava no Açu, para onde segui no fim da tarde com Marcelle Salgado e Juliano Soares Rangel. O programa era encontrar nosso amigo Denis Freitas Toledo, visita que estávamos há algum tempo tentando marcar. Um pouco mais tarde começou um evento da campanha de Neco, acho que a inauguração de um comitê. Rolavam discursos, como é praxe, e sinceramente eu não prestava muita atenção, principalmente porque na maioria do tempo quem falava ao microfone era a prefeita Carla Machado e como a voz dela é muito aguda e eu estava relativamente longe ficava complicado entender. Mas o nome da gente é impossível não ouvir. E eu estava em uma lanchonete, na rua principal, a mesma do tal evento político, com Juliano e Denis, quando ouvi a prefeita citar — citar não, gritar — meu nome e, na sequência, o de Marcelle, que estava naquele momento na calçada da lanchonete, acusando nós duas de estarmos filmando seu evento. Em seguida, cometeu a baixaria de pedir ao público que nos vaiasse. Uma coisa surreal, inacreditável. Estou há três meses operada e foi a primeira vez que senti dor desde dois dias após a alta. Foi uma sensação inexplicável. Estou humilhada. Nem quando eu era envolvida com campanhas filmei adversários ou fiz coisas do tipo. Imagine nesta, que não tenho nenhum envolvimento. Apenas me posiciono como eleitora. Todos sabem que voto na oposição, mas também conhecem meu modo de agir e o quanto respeito opiniões divergentes. Eu sou cidadã e tenho o direito de estar onde quiser. Não vivo do dinheiro público nem de favores de políticos. Trabalho em uma instituição filantrópica quase centenária, onde exerço a função de assessora de comunicação, aliás aprovada em um rigoroso processo seletivo. Estou arrasada. Acho que ninguém tem o direito de usar o microfone, nem o cargo público que exerce, para denegrir a imagem de quem quer que seja. O que foi dito em público sobre mim é uma mentira. Eu estava na lanchonete. Nem perto do evento cheguei. E nem sei se meu celular tem câmera. Nada vai apagar da minha memória a humilhação que sofri. Nem o dinheiro de uma indenização. Mas o que aconteceu foi grave e não pode passar em branco. Vou processar a prefeita Carla Machado por danos morais. Ele me desrespeitou e incitou o público contra mim. Por sorte minha integridade física foi preservada, apesar do mal estar devido à cirurgia recente, talvez, mas nada que remédio e um pouco de repouso não resolvam. Moralmente, porém, me sinto profundamente abalada.

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